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A Teoria Crítica e implicações para a arte


 Tiago Eurico de Lacerda [1]

 

Para uma compreensão didática de nosso percurso textual, faz-se importante destacar o contexto do nascimento da Teoria Crítica. Não poderíamos desenvolver um raciocínio neste sentido, sem o conhecimento sobre o seu berço: os pensadores da Escola de Frankfurt. Os principais interlocutores desse pensamento são bem representados por Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Erich Fromm e, numa segunda geração dessa escola, Jürgen Habermas, dentre outros. As discussões estão situadas dentro de um período histórico marcado tanto pelo nazismo quanto pelo stalinismo e pela Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, desde 1925, os principais temas abordados por esses pensadores são: a questão da autoridade e autoritarismo, totalitarismo, cultura de massa, liberdade, de modo que podemos dizer que todos esses temas confluem para uma compreensão do papel da arte, que também desempenha um sentido social, político, filosófico em oposição a todo pensamento advindo de uma teoria tradicional desenvolvida por pensadores desde Descartes, que exaltaram a razão de tal modo, mas se esqueceram, segundo os frankfurtianos, que não aderimos inocentemente à razão e que ela, na contramão do que se imagina, pode ser um instrumento de dominação.

A Escola de Frankfurt promovia, em âmbito universitário, investigação científica a partir da obra de Karl Marx. Seu pensamento e método, especialmente, sua visão sobre a crítica da economia política tornaram-se referência para a Teoria Crítica. Tal empenho em pesquisar o marxismo nas universidades era uma ousadia acadêmica diante de uma linha de pensamento marginalizada praticamente em todo o mundo e em universidades na época. Para contornar as vicissitudes e desafios em empreender tal ideia, Horkheimer lutou para que as ciências humanas ganhassem mais autonomia e independência. Para alcançar esse objetivo, foi preciso uma valorização da interdisciplinaridade que abarcasse as várias especializações em seus aspectos positivos e, como referência comum, teriam a tradição marxista. Esse programa de pesquisa empreendido por Horkheimer ficou conhecido como Materialismo Interdisciplinar.

 Usamos até agora a palavra escola, mas sabemos que ela não é muito apropriada, pois pode dar um sentido de doutrina comum entre todos seus integrantes e não é isso que vimos na prática. Os diversos autores envolvidos nas pesquisas tinham o marxismo como referência comum, mas suas posições divergiam entre si. Por isso, o nome mais adequado no lugar de escola, seria Teoria Crítica, pois era constituído por um grupo que valorizava e estimulava a pluralidade de modelos críticos em seu interior. Assim, podemos dizer que a Escola de Frankfurt remeteria a um determinado momento da Teoria Crítica.

Quando pensamos nas críticas desses pensadores à sociedade, remetemos à ideia de ceticismo em relação à razão e à moralidade como elementos universais. Tal ceticismo precisa ser compreendido como uma suspeita, e ninguém melhor que Marx, Nietzsche e Freud para representar essa tríade da suspeita em relação à razão. Com o olhar agudo de cada um desses pensadores, podemos entender que toda a exaltação da razão esconde atrás de si um significado, uma vontade de poder e dominação, não aos moldes nietzschianos para efetivar forças, mas , para controlar, através do conhecimento, da ciência e da técnica, toda a natureza e transformá-la em favor do poderio do capital num predomínio de uma razão instrumental que pode levar a sociedade a uma barbárie representada pelos estados totalitários.

A Teoria Crítica foi importante para voltarmos, a partir do pensamento das humanidades, para as reflexões sobre o homem, não mais como um expectador da natureza como se pensava nas ciências naturais, mas, como parte integrante desse todo e que naquele contexto, ao mesmo tempo em que analisa seu objeto de estudo, ele faz parte deste objeto. Grosso modo, perde-se a objetividade das ciências naturais e, para não ficar com uma impressão de uma subjetividade sem norte, foi necessário a implantação de um método de investigação para separar as questões ontológicas das deontológicas. É preciso saber o que é o ser e diferenciá-lo do dever ser. Esse pensamento possibilitará uma abertura para as reflexões da práxis filosófica no sentido da tomada de consciência de classe.

Classe e consciência são articuladas dialeticamente. Assim, tanto as ideias quanto os valores estão situados dentro de um contexto material, enquanto as necessidades e interesses materiais estão situados dentro de um contexto de normas e expectativas. Por um lado, temos o modo de produção e, do outro, um modo de vida. Os valores não são nem absolutos, tampouco unilaterais, mas estão situados dentro de um sistema de valores sociais. A humanidade sob determinadas relações de produção identifica seus valores e interesses e percebe que são antagônicos, por isso luta e quer melhores condições. Por isso, a necessidade de se ter uma compreensão científica do ser humano pode ajudar, não somente a compreender o nascimento de tais valores e sobre como a sociedade quer que sejam, mas também de ajudar a própria humanidade a compreender a consciência de que muitos não estão, muitas vezes, em uma situação de privilégios, mas de opressão e exploração, fazendo-os mover-se a querer lutar, criar uma revolução para que essa situação transforme-se e possa construir uma nova história. Isso se dará em quatro níveis, a saber, econômico, ideológico, político e cultural.

Podemos, dessa forma, através do materialismo histórico, dialético e cultural, desvelar a historicidade do capital para mostrar que o capitalismo não é algo inato na sociedade, mas apenas uma etapa da história. E quando pensamos pela teoria dos valores chegamos à conclusão de que o antagonismo entre as classes é percebido dentro do capitalismo. Neste, a classe trabalhadora percebe que sua força de trabalho é moeda de troca, mas que não lhe permitirá crescer além de sua subsistência, devido às tensões existentes com os donos dos meios de produção. Por isso, o conceito de ideologia e alienação, para Marx, auxilia-nos na compreensão de que a racionalidade coberta revestida como salvadora da humanidade é o seu próprio tiro no pé, enquanto tenta esconder os artifícios dessa luta que privilegiam apenas uma parte, a dos dominantes.

Dentro da universidade pública, precisamos então entender que acreditar que o trabalho nos fará dignos da participação social é uma grande ilusão no sentido que compramos a ideia da classe opressora para que a tensão não se intensifique. Assim, temos um ser humano alienado, ele passa sua racionalidade e forma de pensar para o outro decidir por si. O pior é que essa alienação o levará a comprar a ideia, a ideologia da classe dominante, o que dificultará a efetivação da conquista de aumento de forças da classe trabalhadora dentro do processo dessa luta de classes. O resultado disso é a vitória do capitalismo e a distância de uma humanidade com sua dignidade assegurada. Por isso, a Teoria Crítica pretende que o homem desenvolva-se, torne-se consciente, criativo e forte para enfrentar os embates necessários para ter uma vida harmônica.

A decadência desse processo de enfraquecimento humano desencadeia-se também em outras áreas da vida humana como a cultura e a arte. Estas podem tanto tratar e representar a vida a partir de uma perspectiva de um socialismo democrático quanto assegurar a permanência das ideias capitalistas e reificar a vida humana para que seja, ela também, uma moeda de troca e nunca um valor em si. Assim sendo, na sequência dos pensadores da suspeita da razão, Nietzsche, em sua Genealogia da Moral, propõe um método para desmascarar o modo pelo qual os valores foram construídos. Ele percebe que, a partir do momento que o homem acredita que os valores foram dados misteriosamente ou religiosamente do além, o homem caí em decadência cultural, pois vai negar a própria humanidade em favor do sistema que o oprime. Essa opressão dá-se tanto pela filosofia (metafísica), quanto pela arte (romântica) e pela religião (cristã). Por isso, a ideia de Horkheimer sobre o materialismo interdisciplinar é válida aqui também, pois será pela utilização da história, psicologia e filologia que o homem, segundo Nietzsche, vai conseguir realizar um diagnóstico melhor de si mesmo e lutar pela vida em detrimento de tudo o que a torna uma coisa sem valor.

Na mesma perspectiva, Freud, com a descoberta do inconsciente, prova-nos que a razão que tanto foi louvada e creditada como a solução de nossos problemas não pode ser nossa resposta final, pois nós somos desconhecidos de nós mesmos. Ou seja, não comandamos nossos impulsos e instintos como imaginávamos, mas esse mundo inconsciente em nós ainda tem muito a ser explorado. Em razão disso, quando tentava entender sua paciente Ana O., Freud o fazia pelo caminho errado, querendo saber, ter razão do que ela estava falando, enquanto, na verdade, precisava saber o que ou quem estava falando em Ana O. Essa reação ao racionalismo iluminista é que nos abre as portas para entender que acreditar na razão como aquela que nos alcançaria a verdade e que a ciência com a tecnologia nos tornaria senhores de nós mesmos não passa de uma crença entre as demais. Substituímos uma gnosiologia por uma epistemologia, mas continuamos na crença de que as ciências naturais nos dariam as respostas tão esperadas e, no entanto, ainda estamos na espera desse acontecimento.

Sendo assim, precisamos alcançar, a partir da Teoria Crítica, uma razão cognitiva em detrimento de uma razão instrumental. Não estamos mais em tempos de crer que somos superiores à natureza e podemos dominar sobre ela e promover a competitividade selvagem como promove o capitalismo. A razão cognitiva, segundo o pensamento de Horkheimer, leva-nos a uma busca da verdade, mas de saber viver como humanos, com sabedoria com os outros homens e também com a natureza. O irracional leva-nos ao domínio dos outros e da natureza em prol dos lucros, colocando a ciência como serva do capital, fruto de uma razão instrumental.

O que a Teoria Crítica espera de nós é que, como homens e mulheres autônomos, possamos encontrar nossa emancipação de todas as explorações do sistema que chegam a nós de maneira naturalizada, como se a própria razão desse seu consentimento para essa artimanha que nos leva ao sacrifício individual e coletivo, enquanto nos desencoraja no enfrentamento de forças para que a estrutura e a luta de classes não se desfaçam, mas reforcem as suas diferenças. A Teoria Crítica é uma prática de desmascaramento de toda ideologia que a racionalidade  interpela-nos a crer. O homem que se liberta dessa vontade de verdade e passa a uma vontade de vida reencontra sua consciência e percebe que toda estrutura proporciona os fundamentos da injustiça. Diante dessa descoberta, ele luta não somente diante da ambiguidade de forças das classes sociais, mas ele busca a própria humanização e dignidade. Há agora, neste homem, uma capacidade de desenhar conscientemente sua vida social a partir de um pensamento socialista organizado, que capacita o homem a alcançar tanto a responsabilidade quanto a liberdade da própria existência.

Como considerações inconclusivas, podemos lançar mão da metáfora nietzschiana sobre a dança, pois, para Nietzsche, a dança amolece o corpo, faz com que o homem baile, mas o que faça acima das palavras. Por isso, as palavras, conceitos são para serem utilizados e superados. O homem que permanece escravo das palavras e não pode bailar sobre elas é dominado por elas também. Para que essa liberdade dê-se tanto interna quanto externamente é preciso da arte, da dança, dos movimentos, o que ratifica toda nossa argumentação em relação à Teoria Crítica. Ou seja, sobre as palavras lançadas pelo sistema, precisamos bailar sobre elas, superá-las e não deixar que elas sejam senhoras em nossa vida, para tomar as rédeas da própria vida e ser senhor de si, é preciso então suspeitá-la, suspeitar da verdade dada, revelada, e buscar, com a dança, a própria verdade dos movimentos do corpo, a retomada da consciência sobre dizer sim à vida. E não nos enganemos quanto à facilidade da metáfora, a arte é dolorosa, basta olhar os pés de uma bailarina e se verá que, por trás da beleza dos movimentos, há dor. Assim, por trás da liberdade e beleza da vida humana em busca de dignidade e liberdade, haverá sempre uma luta, neste caso, é melhor que seja pela consciência de classes.

[1] Currículo Lattes.

Para citar esse texto:

LACERDA, Tiago Eurico de. A Teoria Crítica e implicações para a arte. Londrina, novembro de 2020. In.: Tiago Lacerda. Disponível em: http://www.tiagolacerda.com/2020/11/a-teoria-critica-e-implicacoes-para-arte.html.

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