01) Em relação à filosofia
moral, é INCORRETO afirmar que:
a) Uma ação amoral é
considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) As regras morais variam
conforme o tempo e o lugar.
c) A moral diz respeito à
ação moral concreta
d) O ato moral é constituído
pelos aspectos normativos e factuais.
e) A moral apresenta um
caráter social.
02) O hedonismo
é uma teoria que identifica o bom com o prazer e o mau com a dor. A vida boa, a
vida digna de ser vivida, é aquela que procura o prazer e evita a dor. O
utilitarismo é hedonista: as ações são corretas na medida em que,
previsivelmente, tendem a promover a maior felicidade global (o prazer), e
incorretas na medida em que, previsivelmente, tendem a gerar o contrário da
felicidade (a dor). Dentre os pensadores que estudamos neste bimestre, podemos
atribuir esta ideia à: (0,5)
a) Kant
b) Sócrates
c) Platão
d) Giles
e) Stuart Mill
03) O processo
que leva à formação dos conceitos não nasce da experiência. Não se formula a
ideia de cavalo observando muitos cavalos. É a alma que conhece as coisas
recuperando a lembrança. Conhecer é recordar.
O filósofo que
defendeu essa tese chama-se: (0,5)
a) Augusto
Comte.
b) Aristóteles.
c) Sócrates.
d) Karl Marx.
e) Platão.
04) (UEL-2004)
Observe a charge e leia o texto a seguir.
Animal Político. Não alimente! Fonte: LAERTE. Classificados. São
Paulo: Devir, 2001. p. 25.
“É
evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é
naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele
que, por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer
parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem [...].” (ARISTÓTELES. A
política. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p.
13.)
Com
base no texto de Aristóteles e na charge, é correto afirmar:
a)
O texto de Aristóteles confirma a idéia exposta pela charge de que a condição
humana de ser político é artificial e um obstáculo à liberdade individual.
b)
A charge apresenta uma interpretação correta do texto de Aristóteles segundo a
qual a política é uma atividade nociva à coletividade devendo seus
representantes serem afastados do convívio social.
c)
A charge aborda o ponto de vista aristotélico de que a dimensão política do
homem independe da convivência com seus semelhantes, uma vez que o homem
bastasse a si próprio.
d)
A charge, fazendo alusão à afirmação aristotélica de que o homem é um animal
político por natureza, sugere uma crítica a um tipo de político que ignora a
coletividade privilegiando interesses particulares e que, por isso, deve ser
evitado.
e)
Tanto a charge quanto o texto de Aristóteles apresentam a ideia de que a vida
em sociedade degenera o homem, tornando-o um animal.
05)
(IFSP 2011) Ao defender as principais teses do Existencialismo, Jean-Paul
Sartre afirma que o ser humano está condenado a ser livre, a fazer escolhas e, portanto,
a construir seu próprio destino. O pressuposto básico que sustenta essa
argumentação de Sartre é o seguinte:
a)
A suposição de que o homem possui uma natureza humana, o que significa que cada
homem é um exemplo particular de um conceito universal.
b)
A compreensão de que a vida humana é finita e de que o homem é, sobretudo, um
ente que está no mundo para a morte.
c)
A ideia de que a existência precede a essência e, por isso, o ser humano não
está predeterminado a nada.
d)
A convicção de que o homem está desamparado e é impotente para mudar o seu
destino individual.
e)
A ideia de que toda pessoa tem uma potencial a realizar, desde quando nasce,
mas é livre para transformar ou não essa possibilidade em realidade.
06)
"Uma lenda antiga conta-nos a história de Giges, um pastor pobre que
encontrou um anel numa fissura aberta por um terremoto. Giges descobriu que
ficava invisível quando girava o anel no seu dedo. Isto permitia-lhe fazer
aquilo com que as outras pessoas podem apenas sonhar: ele podia ir onde
quisesse e fazer o que lhe apetecesse sem medo de ser descoberto. Usou o poder
do anel para enriquecer, tirar o que queria e matar quem se metesse no seu
caminho. Acabou por invadir o palácio real, onde seduziu a rainha, assassinou o
rei e se apoderou o trono. Tornou-se rei de todo o território.
Gláucon
conta esta história no Livro II da República de Platão. Apesar da natureza
fantasiosa da narrativa, Giges foi uma pessoa real, um rei da Lídia. Heródoto
também explica como Giges conquistou o poder. Segundo Heródoto, Giges começou
por ser um servo do Rei Candaules, «um homem que estava apaixonado pela própria
mulher». (Aparentemente, Heródoto considerava isto invulgar.) Certo dia estava
a gabar-se da beleza da sua mulher perante Giges, e para provar que tinha razão
decidiu que Giges deveria vê-la nua. Giges opôs-se, mas o Rei ordenou-lhe que
se escondesse no quarto da Rainha e que a visse despir-se. Giges obedeceu
relutantemente. Como seria de esperar, a rainha apanhou-o e disse-lhe que seria
condenado à morte pela sua impertinência, a não ser que matasse Candaules e
casasse com ela, caso em que não haveria mal em tê-la visto nua, já que seria o
seu marido. Por isso, como na versão que Gláucon nos dá da história, Giges
assassinou Candaules e tornou-se rei”. James Rachels (2009) Problemas da
Filosofia. Trad. de Pedro Galvão. Lisboa: Gradiva, pp. 259-261.
De
acordo com o texto acima, marque as respostas corretas e assinale ao final o
número correspondente à soma das alternativas corretas.
(02)
O papel da invisibilidade na visão do mito do Anel de Giges é que nos permite
tomar atitudes que não tomaríamos na frente de outras pessoas.
(04)
Gláucon conta a história de Giges para dar um exemplo de como o comportamento
imoral por vezes pode ser vantajoso para o agente.
(08)
Se Giges tivesse permanecido virtuoso, teria continuado pobre. Ao infringir as
regras morais, tornou-se rico e poderoso.
(16)
Giges é um exemplo de que a vida não está determinada e que podemos tomar
algumas decisões por nossa conta e liberdade.
Marque
a alternativa que contenha a soma das questões corretas:
a)
18 b) 20 c) 22 d) 30 e) 24
07) Ninguém
nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico
define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da
civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado
que qualificam o feminino. BEAUVOIR, 5 O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira. 1980.
Na década de
1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um
movimento social que teve como marca o(a):
a) Ação do Poder
Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) Pressão do
Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.
c) Organização
de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.
d) Oposição de
grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.
e)
Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.
08)
Os pensadores cristãos nunca se cansaram de comparar Sócrates e Jesus. Assinale
a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA
sobre a relação de semelhança entre Sócrates e Jesus.
a)
Ambos foram condenados por seus ensinamentos.
b)
Ambos compareceram aos "tribunais"
c)
Ambos nada deixaram escrito.
d)
Tudo o quanto sabemos de ambos depende de fontes indiretas, escritas depois de
estarem mortos.
e)
Todas as alternativas acima estão incorretas.
09)
Leia os dois fragmentos abaixo:
“...Por
outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […]
Não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o
comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio
luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas.
É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado
porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao
mundo, é responsável por tudo o que fizer” (Jean-Paul Sartre).
“Os
homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem
como circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” (Karl Marx).
a)
Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre
independente das circunstâncias.
b)
Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o
determinismo e a total liberdade do homem;
c)
Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx
quando defende que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como
querem”.
d)
Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx
afirma que o homem está limitado pelas condições históricas.
10) O dever,
longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e nossa consciência, é
a expressão de nossa liberdade, isto é, da presença da lei moral em nós (...).
Obedecer ao dever é obedecer a si mesmo como ser racional que dá a si mesmo a
lei moral. A concepção de liberdade e dever descrita acima refere-se à
filosofia moral de:
a) Sade.
b) Foucault.
c) Kant.
d) Nietzsche.
e) Sartre.
GABARITO
01 - A
02 - E
03 - E
04 - D
05 - C
06 - D
07 - C
08 - E
09 - B
10 - C