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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Questões de prova sobre Ética e Moral - Prova III - Com Gabarito


01) Em relação à filosofia moral, é INCORRETO afirmar que: 

a) Uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) As regras morais variam conforme o tempo e o lugar.
c) A moral diz respeito à ação moral concreta
d) O ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais.
e) A moral apresenta um caráter social.

02) O hedonismo é uma teoria que identifica o bom com o prazer e o mau com a dor. A vida boa, a vida digna de ser vivida, é aquela que procura o prazer e evita a dor. O utilitarismo é hedonista: as ações são corretas na medida em que, previsivelmente, tendem a promover a maior felicidade global (o prazer), e incorretas na medida em que, previsivelmente, tendem a gerar o contrário da felicidade (a dor). Dentre os pensadores que estudamos neste bimestre, podemos atribuir esta ideia à: (0,5)

a) Kant
b) Sócrates
c) Platão
d) Giles
e) Stuart Mill

03) O processo que leva à formação dos conceitos não nasce da experiência. Não se formula a ideia de cavalo observando muitos cavalos. É a alma que conhece as coisas recuperando a lembrança. Conhecer é recordar.
O filósofo que defendeu essa tese chama-se: (0,5)

a) Augusto Comte.
b) Aristóteles.
c) Sócrates.
d) Karl Marx.
e) Platão.

04) (UEL-2004) Observe a charge e leia o texto a seguir.


Animal Político. Não alimente! Fonte: LAERTE. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 25.

“É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, é um ser vil ou superior ao homem [...].” (ARISTÓTELES. A política. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 13.)
Com base no texto de Aristóteles e na charge, é correto afirmar:

a) O texto de Aristóteles confirma a idéia exposta pela charge de que a condição humana de ser político é artificial e um obstáculo à liberdade individual.
b) A charge apresenta uma interpretação correta do texto de Aristóteles segundo a qual a política é uma atividade nociva à coletividade devendo seus representantes serem afastados do convívio social.
c) A charge aborda o ponto de vista aristotélico de que a dimensão política do homem independe da convivência com seus semelhantes, uma vez que o homem bastasse a si próprio.
d) A charge, fazendo alusão à afirmação aristotélica de que o homem é um animal político por natureza, sugere uma crítica a um tipo de político que ignora a coletividade privilegiando interesses particulares e que, por isso, deve ser evitado.
e) Tanto a charge quanto o texto de Aristóteles apresentam a ideia de que a vida em sociedade degenera o homem, tornando-o um animal.

05) (IFSP 2011) Ao defender as principais teses do Existencialismo, Jean-Paul Sartre afirma que o ser humano está condenado a ser livre, a fazer escolhas e, portanto, a construir seu próprio destino. O pressuposto básico que sustenta essa argumentação de Sartre é o seguinte:

a) A suposição de que o homem possui uma natureza humana, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal.
b) A compreensão de que a vida humana é finita e de que o homem é, sobretudo, um ente que está no mundo para a morte.
c) A ideia de que a existência precede a essência e, por isso, o ser humano não está predeterminado a nada.
d) A convicção de que o homem está desamparado e é impotente para mudar o seu destino individual.
e) A ideia de que toda pessoa tem uma potencial a realizar, desde quando nasce, mas é livre para transformar ou não essa possibilidade em realidade.

06) "Uma lenda antiga conta-nos a história de Giges, um pastor pobre que encontrou um anel numa fissura aberta por um terremoto. Giges descobriu que ficava invisível quando girava o anel no seu dedo. Isto permitia-lhe fazer aquilo com que as outras pessoas podem apenas sonhar: ele podia ir onde quisesse e fazer o que lhe apetecesse sem medo de ser descoberto. Usou o poder do anel para enriquecer, tirar o que queria e matar quem se metesse no seu caminho. Acabou por invadir o palácio real, onde seduziu a rainha, assassinou o rei e se apoderou o trono. Tornou-se rei de todo o território.
Gláucon conta esta história no Livro II da República de Platão. Apesar da natureza fantasiosa da narrativa, Giges foi uma pessoa real, um rei da Lídia. Heródoto também explica como Giges conquistou o poder. Segundo Heródoto, Giges começou por ser um servo do Rei Candaules, «um homem que estava apaixonado pela própria mulher». (Aparentemente, Heródoto considerava isto invulgar.) Certo dia estava a gabar-se da beleza da sua mulher perante Giges, e para provar que tinha razão decidiu que Giges deveria vê-la nua. Giges opôs-se, mas o Rei ordenou-lhe que se escondesse no quarto da Rainha e que a visse despir-se. Giges obedeceu relutantemente. Como seria de esperar, a rainha apanhou-o e disse-lhe que seria condenado à morte pela sua impertinência, a não ser que matasse Candaules e casasse com ela, caso em que não haveria mal em tê-la visto nua, já que seria o seu marido. Por isso, como na versão que Gláucon nos dá da história, Giges assassinou Candaules e tornou-se rei”. James Rachels (2009) Problemas da Filosofia. Trad. de Pedro Galvão. Lisboa: Gradiva, pp. 259-261.
De acordo com o texto acima, marque as respostas corretas e assinale ao final o número correspondente à soma das alternativas corretas.

(02) O papel da invisibilidade na visão do mito do Anel de Giges é que nos permite tomar atitudes que não tomaríamos na frente de outras pessoas.
(04) Gláucon conta a história de Giges para dar um exemplo de como o comportamento imoral por vezes pode ser vantajoso para o agente.
(08) Se Giges tivesse permanecido virtuoso, teria continuado pobre. Ao infringir as regras morais, tornou-se rico e poderoso.
(16) Giges é um exemplo de que a vida não está determinada e que podemos tomar algumas decisões por nossa conta e liberdade.

Marque a alternativa que contenha a soma das questões corretas:

a) 18    b) 20    c) 22    d) 30    e) 24

07) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, 5 O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1980.

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a):

a) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) Pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.
c) Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.
d) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.
e) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

08) Os pensadores cristãos nunca se cansaram de comparar Sócrates e Jesus. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA sobre a relação de semelhança entre Sócrates e Jesus. 

a) Ambos foram condenados por seus ensinamentos.
b) Ambos compareceram aos "tribunais"
c) Ambos nada deixaram escrito.
d) Tudo o quanto sabemos de ambos depende de fontes indiretas, escritas depois de estarem mortos.
e) Todas as alternativas acima estão incorretas.

09) Leia os dois fragmentos abaixo:
“...Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer” (Jean-Paul Sartre).
“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem como circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” (Karl Marx).

a) Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre independente das circunstâncias.
b) Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o determinismo e a total liberdade do homem;
c) Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx quando defende que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem”.
d) Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx afirma que o homem está limitado pelas condições históricas.

10) O dever, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e nossa consciência, é a expressão de nossa liberdade, isto é, da presença da lei moral em nós (...). Obedecer ao dever é obedecer a si mesmo como ser racional que dá a si mesmo a lei moral. A concepção de liberdade e dever descrita acima refere-se à filosofia moral de:

a) Sade.
b) Foucault.
c) Kant.
d) Nietzsche.
e) Sartre.


GABARITO
01 - A
02 - E
03 - E
04 - D
05 - C
06 - D
07 - C
08 - E
09 - B
10 - C


Questões de prova sobre Ética e Moral - Prova II - Com Gabarito


01) "Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:

a) A moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca ou transgride as regras morais.
b) Apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) A ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) A ética também é conhecida como filosofia moral.
e) Os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.

02) (TG-DOXA) Leia os dois textos abaixo e responda o que se pede.

Texto 01: Éticas consequencialistas - teorias morais segundo as quais as ações são corretas ou incorretas em função das suas possíveis consequências ou resultados. Exemplo: romper uma promessa será correto ou incorreto, dependendo das consequências boas ou más que resultem da ação. O utilitarismo é a forma mais conhecida de consequencialismo.

Texto 02: Éticas deontológicas - teorias morais segundo as quais certas ações devem ou não devem ser realizadas, independentemente das consequências que resultem da sua realização ou não realização. As éticas deontológicas opõem-se ao consequencialismo porque consideram que existem atos que são corretos ou incorretos em si mesmos. Exemplo: romper uma promessa é sempre incorreto, independentemente das consequências boas ou más que possam resultar da ação.

O texto 01 e 02 se referem respectivamente aos seguintes pensadores:

a) Stuat Mill e Sócrates
b) Sócrates e Merleau Ponty
c) Stuart Mill e Kant
d) Kant e Sócrates
e) Nenhum dos pensadores acima.

03) Depois de um período de tempo em que ouviu a palavra dos últimos naturalistas, mas sem se considerar de modo algum satisfeito [...] Sócrates concentrou definitivamente o seu interesse o seu interesse na problemática do homem. Procurando resolver os problemas do "princípio" e da physis, os naturalistas se contradisseram a ponto de sustentar tudo e o contrário de tudo (o ser é uno, o ser é múltiplo; nada se move, tudo se move; nada se gera nem se destrói, tudo se gera e se destrói), o que significa que se propuseram problemas insolúveis para o homem. Consequentemente, ele se concentrou no homem. Assim, acerca da essência do homem, Sócrates afirma: o homem é a sua alma, enquanto é precisamente sua alma que o distingue especificamente de qualquer outra coisa. Desse modo, assinale a alternativa que expressa qual o significado da afirmação socrática em relação a essência do homem.

a) Por "alma" Sócrates entende o Eu consciente como sendo a sede da personalidade intelectual e moral.
b) Por "alma" Sócrates entende o corpo humano como a sede das paixões contraditórias e perturbadoras da busca ao conhecimento.
c) Por "alma" Sócrates entende a estrutura sensorial que capacita ao homem conhecer o mundo em sua essência.
d) Nenhuma das alternativas acima.
e) Todas as alternativas acima estão corretas.

04) Felicidade é o tema do Livro I da "Ética a Nicômaco", de Aristóteles. Segundo o filósofo, a felicidade é um bem supremo para o qual todas as ações dos homens tendem; a felicidade é a causa final do ser humano. Porém, ela é atingida quando está de acordo com a atividade racional que o conduzirá para a prática da virtude. Para Aristóteles, a virtude consiste na:

a) Prática do amor.
b) Relação de amizade.
c) Vontade obsessiva.
d) Sensação de prazer.
e) Justa medida ou equilíbrio.

05) (UFU 2012) Leia o excerto abaixo e assinale a alternativa que relaciona corretamente duas das principais máximas do existencialismo de Jean-Paul Sartre, a saber: 

“a existência precede a essência” e “estamos condenados a ser livres”

Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. […] Estamos condenados a ser livres. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz. SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. 3ª. ed. S. Paulo: Nova Cultural, 1987.

a) Se a essência do homem, para Sartre, é a liberdade, então jamais o homem pode ser, em sua existência, condenado a ser livre, o que seria, na verdade, uma contradição.
b) A liberdade, em Sartre, determina a essência da natureza humana que, concebida por Deus, precede necessariamente a sua existência.
c) Para Sartre, a liberdade é a escolha incondicional, à qual o homem, como existência já lançada no mundo, está condenado, e pela qual projeta o seu ser ou a sua essência.
d) O Existencialismo é, para Sartre, um Humanismo, porque a existência do homem depende da essência de sua natureza humana, que a precede e que é a liberdade.
e) Todas as alternativas acima estão corretas.


Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a): (0,5)

a) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) Pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.
c) Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.
d) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.
e) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

07) (UFU 1/1999) Segundo Jean Paul Sartre, filósofo existencialista contemporâneo, liberdade é: (0,5)

I- Escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo.
II- Aceitar o que a existência determina como caminho para a vida do homem.
III- sempre uma decisão livre, por mais que se julgue estar sob o poder de forças externas.
IV- Estarmos condenados a ela, pois é a liberdade que define a humanidade dos humanos.

Assinale:

a) Se apenas I e IV estiverem corretas.
b) Se apenas II e III estiverem corretas.
c) Se apenas I, II e IV estiverem corretas.
d) Se apenas III e IV estiverem corretas.
e) Se apenas I, III e IV estiverem corretas.

08) Juízo de valor são normativos e se referem ao que algo deve ser. Como devem ser os bons sentimentos, as boas intenções, as boas ações, os nossos comportamentos decisões, etc. (Adaptado – CHAUI). Neste caso, os juízos de valor não tratam de objetos materiais, mas sim de questões relacionadas às ações humanas, ou seja, a questões morais e éticas. São reflexões acerca de como deve ser o bem proceder das pessoas. Mas eles não se limitam às questões do comportamento humano, pois podem referir-se também a objetos materiais, no entanto, o juízo tem um caráter diferente. São juízos de valor, EXCETO:

a) A lua é bela.
b) Discussões são ruins.
c) Os ricos são medíocres.
d) Os políticos são corruptos.
e) A água do mar é salgada.

09) A felicidade, para Aristóteles, não corresponde à busca de riquezas, de honrarias, pois estas são apenas "meios". É, antes, fruto da busca do bem perfeito, desejado por si mesmo e não como meio, que torna o ser humano "autossuficiente". A palavra "felicidade" como meio para alcançar o Fim que desejamos por si mesmo é traduzida na filosofia aristotélica por: 

a) Eudaimonia.
b) Experdise.
c) Eugenia.
d) Maiêutica.
e) Nenhuma das opções acima.

10) Ao estudarmos sobre os VALORES vimos que diante de pessoas, coisas e situações, estamos constantemente fazendo avaliações. Mostre conhecimento relacionando as colunas. 

                                                (1) Juízo de Fato        (2) Juízo de valor

(__) Aquilo que se pensa. Esta caneta é bonita.
(__) As aulas de filosofia são melhores que as de matemática.
(__) É aquilo que é o concreto. Ex: esta caneta é preta.
(__) É bom ter livros em casa para ser inteligente.

a) 2, 2, 1, 2
b) 2, 1, 2, 1
c) 1, 1, 1, 1
d) 1, 2, 2, 2
e) 2, 2, 2, 2



GABARITO
01 - E
02 - C
03 - A
04 - E
05 - C
06 - C
07 - E
08 - E
09 - A
10 - A

Questões de prova sobre Ética e Moral - Prova I - Com Gabarito


01) "Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livres e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)". (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: Introdução à filosofia. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que: 

a) O estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) A moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) A moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) Através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) Todas as alternativas acima estão erradas

02) A teoria Ética de Kant e Stuart Mill são respectivamente:

a) Consequencialista e Deontológica
b) Relativista e Moralista
c) Deontológica e Consequencialista
d) Teleológica e Histórica
e) Moral e Ética

03) Como a alma, para Platão, a cidade também pode ser considerada um todo composto de três partes. Essas partes são as três grandes classes sociais que Platão reconhece: o povo (classe produtora), os vigilantes (militares) e os filósofos (governantes).
A forma de determinar a classe a que pertenceriam os cidadãos seria através da: (0,5)

a) Força.
b) Nacionalidade.
c) Situação econômica.
d) Origem familiar.
e) Educação.

04) Como podemos interpretar a seguinte citação de Aristóteles: “O bem é aquilo a que todas as coisas tendem”? (Aristóteles. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (Col. Os Pensadores. p.249). 

a) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “bem”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que todas as coisas tendem a um bem.
b) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com o “prazer”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que devemos buscar uma vida de satisfação dos impulsos.
c) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “honra”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso realizar grandes feitos para ser reconhecido e isso é a verdadeira felicidade.
d) Na “Ética a Nicômaco”, a finalidade será identificada com a “riqueza”, ou seja, dizer que todas as ações tendem a um fim é o mesmo que dizer que é preciso acumular a maior quantidade de dinheiro possível, pois só assim é possível prevenir-se da pobreza.

05) “Nascer é, simultaneamente, nascer do mundo e nascer para o mundo. Sob o primeiro aspecto, o mundo já está constituído e somos solicitados por ele. Sob o segundo aspecto, o mundo não está inteiramente constituído e estamos abertos a uma infinidade de possíveis. Existimos, porém, sob os dois aspectos ao mesmo tempo. Não há, pois, necessidade absoluta nem escolha absoluta, jamais sou como uma coisa e jamais uma pura consciência [...]. Há um campo de liberdade e uma ‛liberdade condicionada’, porque tenho possibilidades próximas e distantes [...]. A escolha de vida que fazemos tem sempre lugar sobre a base de situações dadas e possibilidades abertas. Minha liberdade pode desviar minha vida do sentido espontâneo que teria, mas o faz deslizando sobre este sentido, esposando-o inicialmente para depois afastar-se dele, e não por uma criação absoluta” (MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. In: CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2011. 14.ª ed., p. 421).
Conforme a citação acima, é correto afirmar que a liberdade: 

a) Identifica-se com o determinismo
b) Não depende de um campo de possibilidades concretas.
c) Está relacionada apenas ao mundo físico.
d) É a única verdade espírito humano.
e) É absoluta e incorruptível.

06) (TG-DOXA) Na história do Anel de Giges podemos perceber a ligação entre a violência e a vergonha. O rei Candaules, não satisfeito com a secreta intimidade de seu casamento, se vangloria para Giges e o manda se esconder e observar sua esposa nua em seu quarto. Mesmo a princípio, contra a vontade, ele se esconde no quarto da rainha e ela o descobre. Assim ela exige que Giges se mate ou mate o rei. Sabemos o final deste enredo, ele decide pela segunda opção e casa-se com a rainha, tornando-se rei. Podemos fazer uma analogia de uma história freudiana a respeito de um homem que determinado  pela revelação do oráculo tenta fugir de seu destino (determinismo), mas os caminhos o levam ao cumprimento da profecia que era matar o próprio pai e casar-se com sua mãe. Qual o nome deste personagem da trama freudiana? 

a) Zenão de Eleia
b) Édipo
c) Freud
d) Giges
e) Nenhuma das opções acima.

07) (ENEM 2015) Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. BEAUVOIR, 5 O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1980.

Na década de 1960, a proposição de Simone de Beauvoir contribuiu para estruturar um movimento social que teve como marca o(a): (0,5)

a) Ação do Poder Judiciário para criminalizar a violência sexual.
b) Pressão do Poder Legislativo para impedir a dupla jornada de trabalho.
c) Organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero.
d) Oposição de grupos religiosos para impedir os casamentos homoafetivos.
e) Estabelecimento de políticas governamentais para promover ações afirmativas.

08) Juízo de fato são aqueles que dizem que algo é ou existe, e que dizem o que as coisas são, como são e por que são (CHAUI). Em outras palavras, juízos de fato são proposições que formamos com base no material da realidade, ou seja, coisas que julgamos a respeito do que está posto ao nosso redor, das coisas que existem, dos objetos materiais. Todas as alternativas abaixo são juízos de fato, EXCETO: (0,5)

a) Hidrogênio é um elemento químico.
b) O revólver é uma arma.
c) A panela é um utensílio doméstico.
d) O caderno tem folhas de papel
e) A água da cachoeira é melhor que a da praia.

09) (TG-DOXA) O senso moral e a consciência moral estão ligados e entram na questão da ética. Eles se referem aos valores de cada indivíduo. A justiça, a honra, o sacrifício e a bondade. Tem a ver com a consciência de cada um, com o fato de poder deitar e dormir o sono dos justos.

Marque (1) para SENSO MORAL e (2) para CONSCIÊNCIA MORAL e assinale a alternativa correta abaixo. (0,5)

(__) O sentimento de solidariedade e de piedade com o próximo, a necessidade de ajudar os que precisam.
(__) Maneira como avaliamos nossa situação e a de nossos semelhantes segundo ideias como as de justiça e injustiça..
(__) Caracteriza o sentimento que condiz com a moralidade, de acordo com os valores morais.
(__) É o que as pessoas decidem fazer, a justificativa que elas dão para si próprias e para os outros sobre o porquê de seus atos.
(__) É também arcar com todas as consequências, pois cada pessoa é responsável por aquilo que faz.
            
a) 1, 1, 1, 2, 2
b) 1, 1, 2, 2, 2
c) 2, 2, 2, 1, 1
d) 2, 1, 1, 2, 2
e) 1, 1, 1, 1, 1

10) "Uma lenda antiga conta-nos a história de Giges, um pastor pobre que encontrou um anel numa fissura aberta por um terremoto. Giges descobriu que ficava invisível quando girava o anel no seu dedo. Isto permitia-lhe fazer aquilo com que as outras pessoas podem apenas sonhar: ele podia ir onde quisesse e fazer o que lhe apetecesse sem medo de ser descoberto. Usou o poder do anel para enriquecer, tirar o que queria e matar quem se metesse no seu caminho. Acabou por invadir o palácio real, onde seduziu a rainha, assassinou o rei e se apoderou o trono. Tornou-se rei de todo o território.
Gláucon conta esta história no Livro II da República de Platão. Apesar da natureza fantasiosa da narrativa, Giges foi uma pessoa real, um rei da Lídia. Heródoto também explica como Giges conquistou o poder. Segundo Heródoto, Giges começou por ser um servo do Rei Candaules, «um homem que estava apaixonado pela própria mulher». (Aparentemente, Heródoto considerava isto invulgar.) Certo dia estava a gabar-se da beleza da sua mulher perante Giges, e para provar que tinha razão decidiu que Giges deveria vê-la nua. Giges opôs-se, mas o Rei ordenou-lhe que se escondesse no quarto da Rainha e que a visse despir-se. Giges obedeceu relutantemente. Como seria de esperar, a rainha apanhou-o e disse-lhe que seria condenado à morte pela sua impertinência, a não ser que matasse Candaules e casasse com ela, caso em que não haveria mal em tê-la visto nua, já que seria o seu marido. Por isso, como na versão que Gláucon nos dá da história, Giges assassinou Candaules e tornou-se rei”. James Rachels (2009) Problemas da Filosofia. Trad. de Pedro Galvão. Lisboa: Gradiva, pp. 259-261.
De acordo com o texto acima, marque as respostas corretas e assinale ao final o número correspondente à soma das alternativas corretas. 

(02) O papel da invisibilidade na visão do mito do Anel de Giges é que nos permite tomar atitudes que não tomaríamos na frente de outras pessoas.
(04) Gláucon conta a história de Giges para dar um exemplo de como o comportamento imoral por vezes pode ser vantajoso para o agente.
(08) Se Giges tivesse permanecido virtuoso, teria continuado pobre. Ao infringir as regras morais, tornou-se rico e poderoso.
(16) Giges é um exemplo de que a vida não está determinada e que podemos tomar algumas decisões por nossa conta e liberdade.

Marque a alternativa que contenha a soma das questões corretas:

a) 18    b) 20    c) 22    d) 30    e) 24


11) (TG-DOXA) PRODUÇÃO DE TEXTO - Abaixo você encontrará as competências que serão avaliadas como critérios para a composição da nota desta questão. Tais competências são as que o ENEM utiliza para avaliar as suas redações. A saber: 1 – Domínio da norma padrão da língua escrita; 2 – Compreensão da proposta; 3 – Capacidade de organizar e relacionar informações; 4 – Construção da argumentação; 5 – Elaborar proposta de intervenção ao problema exposto.

Tema: ÉTICA: são valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. Busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão. Vale lembrar que cada sociedade e casa grupo possuem seus próprios códigos de ética. Motta (1984) defini como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social. 

Pode-se dizer também que a Ética são valores que definem o que:
• QUERO       • POSSO        • DEVO
Porque nem tudo que eu quero eu posso, nem tudo que eu posso eu devo e nem tudo que eu devo eu quero! Antiético poderia ser definido como aqueles atos ou pessoas que fazem coisas que não são benéficas ao grupo, à sociedade.

Escreva um texto de no mínimo 15 e no máximo 20 linhas. Dê um título à sua produção.

GABARITO
01 - D
02 - C
03 - E
04 - A
05 - A
06 - B
07 - C
08 - E
09 - A
10 - D

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Resenha do livro: Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche de Jelson Oliveira

Autor da Resenha: Tiago Eurico de Lacerda

Um livro escrito para amigos. É assim que Jelson Oliveira, logo na introdução de sua obra, inicia uma reflexão sobre a amizade a partir de um ponto de vista filosófico. Inspirado por Nietzsche, o tipo de filosofia praticada por ele não é aquela que se mantém distante da vida, mas sim, se enraíza nas vivências. E como na vida nada é tão retilíneo a ponto de manter uma estabilidade pura, da mesma forma o conceito de amizade apresentado pelo autor não se apoia nas concordâncias ou conforto de acordos, mas, no adverso, pois o autor afirma que “ao escolher um amigo, também auferimos um adversário”. E nessa transição paradoxal é que encontramos a beleza de toda a relação amical.

REFERÊNCIA:
OLIVEIRA, Jelson. Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche. Rio de Janeiro: 7Letras, 2011. Resenha de: LACERDA, T. E. de. Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche. In.: Revista de Filosofia: Aurora (PUCPR. Impresso), V. 24, N. 35, p. 663-669, 2012.

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Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche


Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche

Autores: Maurício Silva Alves e Tiago Eurico de Lacerda

RESUMO: O presente artigo mostra de forma simples uma reflexão sobre a vida que permeada de discursos contaminados pela metafísica se encontra afastada daquilo que realmente é o viver. O cotidiano e as vivências são apresentados como formas de se pensar o homem liberto de uma compreensão metafísica que é abordada por Wittgenstein e Nietzsche, ambos os autores retratam realidades mergulhadas em ideais. Apesar de não serem contemporâneos as semelhantes preocupações com a questão da linguagem e com a vida tomam corpo nos colocando diante de um embate que tem como escopo levar o homem a se tornar senhor de si mesmo, capaz de perceber as formas que o conduz à se perder deste norte.

REFERÊNCIA:
ALVES, Maurício Silva; LACERDA, Tiago Eurico de. Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche. In.: Revista Observaciones Filosóficas. N. 17, p. on-line, 2013 - 2014. Diponível em: <http://www.observacionesfilosoficas.net/paraumanova.htm>

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