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sábado, 29 de agosto de 2009

A força em mim (poema de Tiago Eurico de Lacerda)


A força em mim

Por Tiago Eurico de Lacerda

Me disseram que em mim há uma força,
que com ela posso lograr o mundo.
Mas se mal aplicada pode ser minha forca,
caminho para um abismo profundo.

Luto contra esse poder que quer me controlar,
quer ser heterônomo, quer me anular.
Mas eu vejo adiante, sei manobrar,
o faço com perspicácia, não a claudicar.

Nesse mundo todos querem ganhar,
se sofro iminente perigo de queda,
logo passarei a atacar.
Se não o faço, jogo armado será.

Para tudo tem um tempo,
não adianta apresar.
Ninguém morre antes da hora,
quando eu estou, ela não está.

O que aprisiona o homem é o medo,
E este mesmo poderá libertá-lo.
Quando os anos passarem mais cedo,
Paulatinamente verás que foi sinal para calá-lo.

Meu silêncio não tem preço, não o ponho a venda,
sou aquilo que muitos morreram anelando.
uma voz no deserto, um senda,
água que rega onde o tempo seguia secando.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cotidiano (poema de Tiago Eurico de Lacerda)


Cotidiano


Por Tiago Eurico de Lacerda


uma só dose é o bastante,
numa só taça há graça,
um só contato é fraco.
Se não há abertura, governante,
se se quer outros ares, praça,
se a dor é constante, chore.
Mas nunca deixe que seu palco desarme.
Se a madeira cair, outras virão.
Vinho bom, odre velho.
Vinho bom, odre novo.
Eu aqui e tudo de novo.

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