Meus gritos se calam
poema de Tiago Eurico de Lacerda
Quero e não faço, mas não sei o porquê.
Desejos e vontades ocultos,
Vida cercada por vidas
Quantas miradas!
Vejo, mas imagino que poderia ser mais.
Olhos fechados para o além,
As miradas disfarçam-se
O desejo vem.
Penso em sair, mas o lar é cômodo.
Penso em agir, mas me foge às mãos.
Calo e descubro que são apenas assombrações
Que em meio às constelações não querem me ver brilhar.
Se brilho creio que foi demasiado.
Se no escuro, choro a luz.
Quantas bobeiras me invadem
Quantas se esvaem.
Escrevo para não falar.
Quando falo não sei pronunciar.
Faltam-me palavras concisas
Sou prolixo lançado ao ar.
Falo de mais sem abrir a boca
Nunca me foi necessário, por que agora?
Meu olhar, minha voz se comunicam
E meus gritos se inflamam.
E meus gritos se calam
E meus gritos me malham
E meus gritos me assolam
E meus gritos se esvaem.
Desejos e vontades ocultos,
Vida cercada por vidas
Quantas miradas!
Vejo, mas imagino que poderia ser mais.
Olhos fechados para o além,
As miradas disfarçam-se
O desejo vem.
Penso em sair, mas o lar é cômodo.
Penso em agir, mas me foge às mãos.
Calo e descubro que são apenas assombrações
Que em meio às constelações não querem me ver brilhar.
Se brilho creio que foi demasiado.
Se no escuro, choro a luz.
Quantas bobeiras me invadem
Quantas se esvaem.
Escrevo para não falar.
Quando falo não sei pronunciar.
Faltam-me palavras concisas
Sou prolixo lançado ao ar.
Falo de mais sem abrir a boca
Nunca me foi necessário, por que agora?
Meu olhar, minha voz se comunicam
E meus gritos se inflamam.
E meus gritos se calam
E meus gritos me malham
E meus gritos me assolam
E meus gritos se esvaem.