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Mostrando postagens de setembro, 2012

O processo de socialização - Parte II

AS DIFERENÇAS NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO Entender a sociedade da qual fazemos parte significa saber que existem diferenças e que precisamos olhar para elas. É muito diferente nascer e viver numa favela, num bairro rico, num condomínio fechado ou numa área do sertão nordestino exposta a longos períodos de seca. Essas desigualdades promovem formas diferentes de socialização. Ao tratarmos de diferenças temos também de vê-las no contexto histórico. Socialização nos anos 50 : A socialização dos dias atuais é completamente diferente da dos anos de 1950. Naquela época, a maioria da população vivia na zona rural ou em pequenas cidades. As escolas eram pequenas e tinham poucos alunos. A televisão estava iniciando no Brasil e apresentava poucos programas que eram vistos por poucas pessoas. Não havia internet e o telefone era precário. Ouvir rádio era a principal maneira de saber o que ocorria em outros lugares do país e do mundo. As pessoas relacionavam-se quase somente com as

O processo de socialização - Parte I

  O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO - Parte I Podemos iniciar nossa reflexão com o questionamento: O que vem primeiro, o indivíduo ou a sociedade? Os indivíduos moldam a sociedade ou a sociedade molda os indivíduos? Socialização: É o processo pelo qual os indivíduos formam a sociedade e são por ela formados.    A imagem que melhor descreve esse processo é a de uma rede que vai sendo tecida por relações sociais que vão se entrelaçando e compondo diversas outras relações até formar toda a sociedade. Cada indivíduo ao fazer parte de uma sociedade, insere-se em múltiplos grupos e instituições que se entrecruzam, como a família, a escola, e a igreja. E, assim, o fio da meada parece interminável porque forma uma complexa rede de relações que permeia o cotidiano. Ainda que cada sujeito tenha sua individualidade, esta se constrói no contexto das relações sociais com os diferentes grupos e instituições dos quais ele participa, tendo por isso experiências semelhantes ou diferentes

Trabalho - Parte II: Da tortura à dignidade

Pensando o trabalho a partir da tortura (como era visto) até o momento em que foi tido como uma atividade que dignifica o homem. O termo trabalho pode ter nascido do vocábulo latino tripallium, que sig­nifica "instrumento de tortura", e por muito tempo esteve associado à ideia de atividade penosa e torturante. Nas sociedades grega e romana era a mão-de­-obra escrava que garantia a produção necessária para suprir as necessidades da população. Existiam outros trabalhadores além dos escravos, como os meeiros, os artesãos e os camponeses. No entanto, mesmo os trabalhadores livres eram explorados e oprimidos pelos senhores e proprietários. Estes eram desobrigados de qualquer atividade, exceto a de discutir os assuntos da cidade e o bem-estar dos cidadãos. Para que não dependessem do próprio trabalho e pudessem se dedicar exclusivamente a essa atividade, o trabalho escravo era fundamental. O trabalho passou a ter valor após a Revolução Industrial e emergência do mercan

Trabalho - Parte I

Em nossa sociedade, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede de trabalho e de trabalhadores. para ilustrar um pouco esta produção vamos pensar um pouco sobre um produto que faz parte da vida de muitas pessoas: um pãozinho francês.  Os ingredientes básicos para fazer um pãozinho são o trigo, a água, o sal e o fermento. Para que haja trigo é necessário que alguém o plante e o colha; é preciso que haja moinhos para moê-lo e comercialização para que chegue até a padaria. Ainda não mencionamos o sal, que tem um processo todo especial para esse extraído do mar, depois processado e embalado para ser comercializado. O fermento é produzido em outras empresas por outros trabalhadores, com outras matérias-primas. A água precisa ser captada, tratada e distribuída, o que exige uma complexa infraestrutura com grande número de trabalhadores. São necessários equipamentos, como a máquina para preparar a massa e o forno para assar o pão, fabricados em indústrias que, por sua vez