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Mostrando postagens de 2020

Ética e política no âmbito da Filosofia Moderna

  Tiago Eurico de Lacerda [1]   A primeira atividade que nos exige a modernidade é uma desconstrução do mundo em que os aspectos religiosos, eternos e imutáveis são deixados de lado, mas ao mesmo tempo são parte do processo para se entender este momento da história. Não se pode falar de modernidade apenas com os predicativos de algo transitório, fugidio ou contingente. Ambas as realidades, por mais que contraditórias, se complementam para entendermos a modernidade. Segundo Harvey, “ser moderno é encontrar-se num ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, transformação de si e do mundo – e ao mesmo tempo, que ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos” (2009, p. 21). A modernidade une a humanidade, mas esta ainda precisa aprender a coexistir e a conviver com as suas diferenças. As premissas de Weber sobre o desencanto que a secularização proporcionou ao encontrar um mundo que ainda acreditava na concretização de um projeto divino ainda ec

A Teoria Crítica e implicações para a arte

  Tiago Eurico de Lacerda [1]   Para uma compreensão didática de nosso percurso textual, faz-se importante destacar o contexto do nascimento da Teoria Crítica. Não poderíamos desenvolver um raciocínio neste sentido, sem o conhecimento sobre o seu berço: os pensadores da Escola de Frankfurt. Os principais interlocutores desse pensamento são bem representados por Max Horkheimer, Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Erich Fromm e, numa segunda geração dessa escola, Jürgen Habermas, dentre outros. As discussões estão situadas dentro de um período histórico marcado tanto pelo nazismo quanto pelo stalinismo e pela Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, desde 1925, os principais temas abordados por esses pensadores são: a questão da autoridade e autoritarismo, totalitarismo, cultura de massa, liberdade, de modo que podemos dizer que todos esses temas confluem para uma compreensão do papel da arte, que também desempenha um sentido social, político, filosófico em oposição a todo

30 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente): há o que comemorar?

 André Martini [1]  Tiago Eurico de Lacerda [2] Considerando os fatores que justificam a existência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como a deficiência moral da sociedade, do Estado e das famílias ao negligenciarem sua função protetiva, talvez o termo “comemoração” não soe o mais adequado para   referir os 30 anos da sua vigência. Comemorá-lo equivaleria a celebrar uma vitória que ainda não ocorreu, sobre uma luta que sequer deveria existir. Tal observação não tem o condão de descredibilizá-lo, pelo contrário, havendo condutas que contrariem o senso de humanidade e ética, é imperativo o dever estatal de criar normas regulamentadoras que coadunem com os interesses sociais. É nessa esteira que se encontra o ECA: uma norma com vistas a resolver o cenário de irresponsabilidade da tríade sociedade, Estado e família. Esse cenário iniciou-se com a colonização do Brasil, que, guiada pelos valores da modernidade, como a acumulação de capital e o liberalismo econômico, transfor

E-book gratuito: Paulo Freire 100 anos: o centenário de um pensamento intempestivo

Esse fascinante livro sobre PAULO FREIRE 100 ANOS : o centenário de um pensamento intempestivo, se traduz pela coletânea de capítulos primorosos que faz lembrar uma famosa lenda apresentada logo de início na obra Pássaros Feridos, um best-seller de Colleen McCullough, em que narra a história de um pássaro que canta uma única vez na vida… E ao cantar ele segue um destino trágico de se lançar contra espinhos agudos… Ao fazê-lo o mundo inteiro para, pois o espetáculo está em ouvi-lo… Trata-se de um canto singular, suave, superlativo, cujo preço é a própria existência. Assim, é o pensamento intempestivo de Freire, é um canto de humanidade, de ética e de esperança para que o mundo entenda o sentido ontológico de uma educação libertadora que não teme ser uma voz de luta na contramão do sistema, mesmo que, como o pássaro supracitado, isso lhe custe a vida! Organizadores : Prof. Dr. Anderson Luiz Tedesco e  prof. Dr. Tiago Eurico de Lacerda   A obra é open access (acesso livre): Para f

E-book gratuito: Educação em tempos de Covid-19

A obra EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19 é a tentativa de desenvolver uma leitura no coletivo a respeito do fenômeno da pandemia e os seus impactos nos contextos educativos. Tendo inspiração em duas narrativas do filósofo Walter Benjamim, tais narrativas se caracterizavam como histórias de marinheiros e histórias de camponeses, as primeiras histórias tratavam de feitos bizarros, grandiosos, misteriosos, quase inacreditáveis, ocorridos em lugares longínquos, sempre distantes […].  Já as histórias de camponeses, ocorriam como fatos próximos, familiares, dos nossos cotidianos. Tais tipos de narrativas nos aproximam da problemática construída nos diversos capítulos da obra, porque se propõem pensar sobre os aspectos humanos e sociais de realidades diferentes do Brasil e de outros países, e a perspectivar que tipo de sociedade desejamos ou teremos após essa pandemia do Covid19, ora isto não trata-se de histórias de marinheiros, mas sim de histórias de camponeses, pois os autores dos capítulos

E-book gratuito: Educação digital e práticas pedagógicas – Volume I e II

A obra EDUCAÇÃO DIGITAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – Volume I apresenta como lidamos com máquinas o tempo todo, já não precisamos mais pegar fila em banco ou ligar para pedir comida, muito menos buscá-la, como era mais comum; enviar pelo correio um trabalho ou documento assinado, tudo isso já pode ser considerado comportamentos de nossa história e, em pouco tempo, muitos não acreditarão que era assim que acontecia. Essa nova forma de viver está batendo em nossa porta, em algum momento teremos que abri-la e será, a tecnologia, um novo hóspede que não conseguiremos nos livrar tão cedo. Por isso a importância desta obra e todos os textos que a compõe. Estas reflexões aqui contidas são para muitos de nós, esses novos hóspedes que sequer esperávamos e que agora precisamos adaptar nossa casa para mantê-los conosco ou simplesmente conhecê-los.   Organizadores: Prof. Dr. Anderson Luiz Tedesco e  prof. Dr. Tiago Eurico de Lacerda   A obra é open access (acesso livre): Para fazer o downlo

Senso comum x Ciência: a Cloroquina como uma panaceia!

 

O Covid-19 ou A Covid-19?

O Covid-19 ou A Covid-19  Prof. Tiago Lacerda Bom, sabemos que qualquer explicação por mais objetiva que queiramos dar não é tão simples assim, há algumas variações que não adentrar neste pequeno texto informativo quanto a questão de gênero etc., mas vamos ao ponto para poder esclarecer de acordo com a língua portuguesa qual grafia seria no momento mais aceitável. COVID é uma sigla que significa CO rona VI rus D isease (Doença do Coronavírus), enquanto “ 19 ” se refere a 2019. Essa denominação foi utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início de fevereiro de 2020 quando os primeiros casos em Wuhan, na China, foram divulgados publicamente pelo governo chinês no final de dezembro.  (Para saber mais sobre este assunto  Clique aqui! - Fundação FIOCRUZ! ) Então nós sabemos que se refere a uma doença (doença do Coronavírus), dessa maneira a forma aceitável no momento é “ A Covid-19 ”, ou seja, um substantivo feminino. Não estamos nos referindo a um vírus como muit

Discurso do Método - René Descartes - Segunda parte

Tutorial: Como usar o Google Classroom

Tutorial: Como usar o Google Classroom! Para professores e alunos (passo a passo). Crie turmas,  gerencie suas turmas e crie diversas atividades, inclusive provas com correção automática! Economize tempo!

Ato de conhecer: Intuição

Conhecimento discursivo

Autoestima para estudar na quarentena