por Tiago Eurico de Lacerda
PARTE I – O DESABAFO, AS TREVAS
Eu olho para o céu e contemplo as estrelas, é noite!
É noite não porque o dia se foi, mas porque a escuridão me é palpável.
Eu tento com minhas forças lutar para ser visto, reconhecido,
Mas não, os outros não me darão crédito, sou limitado, algo em mim, falta.
Me dizem que não posso, isso chega a doer em meu peito,
Alguns pela minha relativa incapacidade nem me veem.
São indiferentes, a dor não lhes tocam, não querem saber.
Em meio a escuridão caminho e tropeço em minhas próprias forças,
Quando penso que vão me ajudar, algumas portas começam a se fechar.
O que posso fazer? Com quem posso contar? Minha família?
Ah, se minha família soubesse o que se passa dentro deste meu coração!
Me abraçariam, chorariam comigo e me amariam muito mais.
E se esta porta que está mais perto de mim não se abre totalmente,
Como posso contar com aqueles que nem meus parentes são?
Bem dizia Shakespeare que o tempo é algo que não volta atrás.
Mas para que eu voltaria, para sofrer outra vez, prolongar o frio.
Não, não pode ser verdade que tudo aconteceria da mesma forma,
Eu teria abraçado mais e buscado dar mais atenção a todos,
E se alguém fosse me procurar necessitado? Claro que ajudaria!
Não sou uma pobre pessoa que mendiga amor, mas tento compartilhá-lo
Tento estendê-lo e desejo que ele seja mútuo.
PARTE II – RECONHECER, CONFIAR
Eu reconheço que o pessimismo não é a chave central,
Que reclamar e lamuriar não me fará ver a luz,
Basta saber que ela existe e que seus raios podem chegar a mim.
As vezes eu realmente exagero nas minhas exigências,
O amor como eu pensava realmente deve ser mútuo, deve ajudar,
Não adianta eu dizer que o farei e só esperar o outro.
O meu não reconhecimento pode atrapalhar tudo.
É fácil sempre colocar a culpa nos outros, e dizer que eu não.
É fácil me esquivar das responsabilidades que também são confiadas a mim.
Eu devo abraçar, mas este abraço deve ser mais do que o externo,
Deve mostrar que sou alguém que tem sentimentos, que vive.
Eu já abracei muito, mas tudo por uma convenção, onde eu estava?
Os meus limites me tornam especial eu sei, mas não estou morto.
Posso trabalhar, posso sorrir e passear, louvar e me divertir.
É verdade que se eu voltasse no tempo, mudaria muito.
Mas eu não teria aprendido, não teria passado por...
Por tantas coisas que meu peito não pode falar, enfim vivi.
Essa é uma oportunidade da qual devo agradecer, devo valorizar.
Reconheço que a sociedade exclui, mas onde está o meu coração?
Se humilde nada pode abalá-lo, quanta força escondida.
Eu sou amado e posso amar, que conclusão sem igual.
PARTE III – A SABEDORIA, PARTILHAR
Quero a luz e não as trevas, já posso senti algo novo.
Que minha boca proclame sempre as graças e a saúde.
Ah sim, esta eu quero em abundância, já sou melhor.
Minhas limitações são degraus, que ajudam não só a mim,
Mas a todos que comigo caminham de mãos dadas.
É verdade. De mãos dadas somos mais fortes, quanto calor!
Um calor que afugenta o frio e traz a paz, um calor que inclui.
Se pensavam que por minha frágil saúde eu não podia nada,
Agora é que vou mostrar que eu é que vou ajudar a incluir.
Como a minha família deve lidar com isso? Dando-me as mãos.
Sozinho eu não tenho forças nem sequer para caminhar,
Mas com suas mãos, posso trabalhar e com mais alguns corações, amar.
Não só a nós mesmos, mas a todos que precisam de apoio
Eu posso e já supero os meus desafios, não foi fácil os primeiros passos.
Para quê voltar no tempo se eu posso fazer hoje um mundo melhor.
O ontem e o amanha não nos pertencem, deixá-los-ei em paz.
É no agora que devo me conscientizar, que devo partilhar o que tenho,
Que preciso também ser luz, outrora tudo era trevas, agora vejo as portas,
Não se abrindo, já estão abertas. Tanto tempo recusei aceitar tudo isso,
Lutei contra doenças e preconceitos, meu Deus tudo isso fazia parte!
E agora o tratamento é doce, as pessoas são como sempre sonhei.
Eu olho para o céu e contemplo as estrelas, é noite!
É noite não porque o dia se foi, mas porque a escuridão me é palpável.
Eu tento com minhas forças lutar para ser visto, reconhecido,
Mas não, os outros não me darão crédito, sou limitado, algo em mim, falta.
Me dizem que não posso, isso chega a doer em meu peito,
Alguns pela minha relativa incapacidade nem me veem.
São indiferentes, a dor não lhes tocam, não querem saber.
Em meio a escuridão caminho e tropeço em minhas próprias forças,
Quando penso que vão me ajudar, algumas portas começam a se fechar.
O que posso fazer? Com quem posso contar? Minha família?
Ah, se minha família soubesse o que se passa dentro deste meu coração!
Me abraçariam, chorariam comigo e me amariam muito mais.
E se esta porta que está mais perto de mim não se abre totalmente,
Como posso contar com aqueles que nem meus parentes são?
Bem dizia Shakespeare que o tempo é algo que não volta atrás.
Mas para que eu voltaria, para sofrer outra vez, prolongar o frio.
Não, não pode ser verdade que tudo aconteceria da mesma forma,
Eu teria abraçado mais e buscado dar mais atenção a todos,
E se alguém fosse me procurar necessitado? Claro que ajudaria!
Não sou uma pobre pessoa que mendiga amor, mas tento compartilhá-lo
Tento estendê-lo e desejo que ele seja mútuo.
PARTE II – RECONHECER, CONFIAR
Eu reconheço que o pessimismo não é a chave central,
Que reclamar e lamuriar não me fará ver a luz,
Basta saber que ela existe e que seus raios podem chegar a mim.
As vezes eu realmente exagero nas minhas exigências,
O amor como eu pensava realmente deve ser mútuo, deve ajudar,
Não adianta eu dizer que o farei e só esperar o outro.
O meu não reconhecimento pode atrapalhar tudo.
É fácil sempre colocar a culpa nos outros, e dizer que eu não.
É fácil me esquivar das responsabilidades que também são confiadas a mim.
Eu devo abraçar, mas este abraço deve ser mais do que o externo,
Deve mostrar que sou alguém que tem sentimentos, que vive.
Eu já abracei muito, mas tudo por uma convenção, onde eu estava?
Os meus limites me tornam especial eu sei, mas não estou morto.
Posso trabalhar, posso sorrir e passear, louvar e me divertir.
É verdade que se eu voltasse no tempo, mudaria muito.
Mas eu não teria aprendido, não teria passado por...
Por tantas coisas que meu peito não pode falar, enfim vivi.
Essa é uma oportunidade da qual devo agradecer, devo valorizar.
Reconheço que a sociedade exclui, mas onde está o meu coração?
Se humilde nada pode abalá-lo, quanta força escondida.
Eu sou amado e posso amar, que conclusão sem igual.
PARTE III – A SABEDORIA, PARTILHAR
Quero a luz e não as trevas, já posso senti algo novo.
Que minha boca proclame sempre as graças e a saúde.
Ah sim, esta eu quero em abundância, já sou melhor.
Minhas limitações são degraus, que ajudam não só a mim,
Mas a todos que comigo caminham de mãos dadas.
É verdade. De mãos dadas somos mais fortes, quanto calor!
Um calor que afugenta o frio e traz a paz, um calor que inclui.
Se pensavam que por minha frágil saúde eu não podia nada,
Agora é que vou mostrar que eu é que vou ajudar a incluir.
Como a minha família deve lidar com isso? Dando-me as mãos.
Sozinho eu não tenho forças nem sequer para caminhar,
Mas com suas mãos, posso trabalhar e com mais alguns corações, amar.
Não só a nós mesmos, mas a todos que precisam de apoio
Eu posso e já supero os meus desafios, não foi fácil os primeiros passos.
Para quê voltar no tempo se eu posso fazer hoje um mundo melhor.
O ontem e o amanha não nos pertencem, deixá-los-ei em paz.
É no agora que devo me conscientizar, que devo partilhar o que tenho,
Que preciso também ser luz, outrora tudo era trevas, agora vejo as portas,
Não se abrindo, já estão abertas. Tanto tempo recusei aceitar tudo isso,
Lutei contra doenças e preconceitos, meu Deus tudo isso fazia parte!
E agora o tratamento é doce, as pessoas são como sempre sonhei.