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21 maio 2017

Resenha do livro de Jelson Oliveira: A solidão como virtude moral em Nietzsche




Resenha de Tiago Lacerda

A recente obra de Jelson Oliveira, A solidão como virtude moral em Nietzsche, nos apresenta uma ousada perspectiva de leitura do filósofo alemão. O próprio Nietzsche adverte que “quem sabe respirar o ar de meus escritos sabe que é um ar da altitude, um ar forte” (EH, Prólogo 3, grifo do autor). Por isso é preciso um preparo, perspicácia para adentrar na essência de suas obras e compreender de que água ele bebe – o que Oliveira fez com maestria e clareza ao tratar o tema da solidão como uma virtude, algo que em nossa sociedade não se encontra nos mesmos parâmetros.
O livro está estruturado em três capítulos que tratam da temática da solidão como uma virtude a partir do pensamento de Nietzsche. A leitura atenta e lenta de cada capítulo da obra leva-nos a compreender a análoga forma de apresentar o que é socialmente aceito e valorizado e o que realmente é um valor que leva o homem à altura, à liberdade e, por isso, à necessidade da solidão para se purificar de conceitos errôneos que distanciam o homem de sua própria natureza. Podemos extrair essas ideias já da introdução do livro, em que o autor apresenta as interpretações engendradas pelo filósofo alemão, o qual percebe a história do Ocidente como mergulhada numa experiência niilista, cuja exigência última seria a criação de novas bases para a moral, entendida como o caminho para a afirmação do homem. É em meio a essa problemática que se insere o tema da solidão como uma crítica ao processo de rebaixamento do homem ocidental e caminho para a elevação do humano a novos patamares morais.

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26 abril 2017

Resenha do livro: Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche de Jelson Oliveira

Autor da Resenha: Tiago Eurico de Lacerda

Um livro escrito para amigos. É assim que Jelson Oliveira, logo na introdução de sua obra, inicia uma reflexão sobre a amizade a partir de um ponto de vista filosófico. Inspirado por Nietzsche, o tipo de filosofia praticada por ele não é aquela que se mantém distante da vida, mas sim, se enraíza nas vivências. E como na vida nada é tão retilíneo a ponto de manter uma estabilidade pura, da mesma forma o conceito de amizade apresentado pelo autor não se apoia nas concordâncias ou conforto de acordos, mas, no adverso, pois o autor afirma que “ao escolher um amigo, também auferimos um adversário”. E nessa transição paradoxal é que encontramos a beleza de toda a relação amical.

REFERÊNCIA:
OLIVEIRA, Jelson. Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche. Rio de Janeiro: 7Letras, 2011. Resenha de: LACERDA, T. E. de. Para uma ética da amizade em Friedrich Nietzsche. In.: Revista de Filosofia: Aurora (PUCPR. Impresso), V. 24, N. 35, p. 663-669, 2012.

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Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche


Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche

Autores: Maurício Silva Alves e Tiago Eurico de Lacerda

RESUMO: O presente artigo mostra de forma simples uma reflexão sobre a vida que permeada de discursos contaminados pela metafísica se encontra afastada daquilo que realmente é o viver. O cotidiano e as vivências são apresentados como formas de se pensar o homem liberto de uma compreensão metafísica que é abordada por Wittgenstein e Nietzsche, ambos os autores retratam realidades mergulhadas em ideais. Apesar de não serem contemporâneos as semelhantes preocupações com a questão da linguagem e com a vida tomam corpo nos colocando diante de um embate que tem como escopo levar o homem a se tornar senhor de si mesmo, capaz de perceber as formas que o conduz à se perder deste norte.

REFERÊNCIA:
ALVES, Maurício Silva; LACERDA, Tiago Eurico de. Para uma nova compreensão da vida em Wittgenstein e Nietzsche. In.: Revista Observaciones Filosóficas. N. 17, p. on-line, 2013 - 2014. Diponível em: <http://www.observacionesfilosoficas.net/paraumanova.htm>

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A noção de Metafísica a partir do arcabouço teórico do segundo período da obra nietzschiana


A noção de Metafísica a partir do arcabouço teórico do segundo período da obra nietzschiana
Autor: Tiago Eurico de Lacerda

RESUMO: O artigo apresenta as noções de metafísica a partir dos textos do segundo período dos escritos nietzschianos. O objetivo central é analisar como Nietzsche implementa sua crítica à metafísica apontando-a como fruto de uma falsa interpretação daquilo que é propriamente humano. Assim dos usos da palavra metafísica que Nietzsche utiliza em suas obras ater-nos-emos ao sentido crítico onde a metafísica se caracteriza como hostilidade à sensibilidade, a valorização do suprassensível, a crença no incondicionado e a anulação da interpretação que possibilita pensar a crença numa verdade pura e única. A problemática ocorre quando o homem se esquece de que a vida não é compatível com o ultramundo inventado repleto de ideais. A consequência disso é um desgosto consigo mesmo e um sentimento de culpa levando o homem a querer outra vida e outro lugar concedendo valor ao além em detrimento de todo aquém. Para se contrapor a essa culpa Nietzsche propõe o inverso: se por um lado o homem se acha responsável e culpado, pois não se vê pelo viés da necessidade, o projeto de Nietzsche aponta para a Inocência do devir, mas que leva o homem a se desprender da culpa porque passa a olhar para si e para o mundo de forma mais “correta”. 
PALAVRAS-CHAVE: Metafísica; Religião; Procedimento Científico; Necessidade.


REFERÊNCIA:

LACERDA, Tiago Eurico de. A noção de Metafísica a partir do arcabouço teórico do segundo período da obra nietzschiana. In.: Revista Ideação (UEFS), V. 1, N. 30, p. 147-176, 2015.

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11 agosto 2014

Nietzscheano ou Nietzschiano


É comum visualizarmos o uso desses dois adjetivos quando nos recorremos aos textos de comentadores especialistas em Nietzsche. Mas há uma regra a partir da Nova Ortografia da Língua Portuguesa na formação do adjetivo correspondente ao substantivo de palavras com sufixos -ano e -ense que se combinam com um i que pertence ao tema (havaiano [de Havaí], italiano [de itália], atibaiense [de atibaia] e etc.) ou derivadas de palavras que têm na última sílaba um e átono (Acriano [de Acre], Açoriano [de Açores] e etc.).  Mas escreve-se -eano se a última sílaba da palavra de origem tiver e tônico: daomeano [de Daomé], guineano ou guineense [de Guiné], ou a penúltima tiver ei tônico: coreano [de Coreia] e etc. Há também outras palavras em que se suprime a vogal final, como por exemplo em goethiano [de Goethe], voltairiano [de Voltaire] dentre outras. Dessa forma a partir da nova ortografia fica correta a palavra: nietzschiano.


REFERÊNCIA:

GEIGER, Paulo; SILVA, Renata de Cássia Menezes da. A nova ortografia sem mistério: do ensino fundamental ao uso profissional. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009.

02 julho 2012

O sofrimento (Parte I)


por Tiago Lacerda

O sofrimento é algo que a maioria das pessoas aprendem a desprezar, pensam sempre de forma negativa a seu respeito e tentam de várias formas se livrar dele. Ninguém quer sofrer, mas também não se pode isentar de senti-lo. Assim, como sofrer e para quê sofrer? Para iniciarmos uma simples reflexão acerca do sofrimento precisamos ter em mente que: o sofrimento é real, às vezes podemos até de forma axagerada multiplicar seu tamanho e ação no nosso corpo, isso porque cada pessoa pode sofrer de forma distinta da outra, pois cada um representa o mundo de uma forma diferente, o que faz meus problemas e sofrimentos não serem relevantes para outras pessoas e vive-versa.
Há um filósofo alemão chamdo Nietzsche (1844-1900) que é muito lembrado pela sua crítica à moral cristã e lido por alguns com muito desprezo e suspeita. Mas este autor, principalmente em sua obra Humano, demasiado humano, pretendia leva o homem ao encontro consigo mesmo, livre de qualquer lei moral que lhe é imposta para tornar-se senhor de si mesmo e artista de si, construindo sua própria história. Nietzsche escreve a partir de sua própria vida, das experiências, vivências, o que torna sua filosofia mais próxima da vida como ela realmente é, sem fantasias idealistas ou crenças advindas de erros da razão por afastar o homem daquilo que lhe é próprio, da sua própria vida.


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