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03 abril 2017

Questões de Provas - Pré-socráticos e Sócrates


01) Os primeiros filósofos, também chamados filósofos da Natureza ou Naturalistas buscavam encontrar na própria physis aquilo que denominavam o “arché”, ou seja, o princípio universal, o elemento originário e constitutivo de todas as coisas. Enumere as proposições abaixo de acordo com o filósofo correspondente. (0,5)


1. Tales de Mileto

2. Anaximandro de Mileto
3. Anaxímenes de Mileto
4. Heráclito de Éfeso
5. Pitágoras de Samos
6. Xenófanes de Cólofon
7. Parmênides de Eléia
8. Zenão de Eléia
9. Melisso de Samos

(__) Elaborou sua filosofia para enfrentar de peito aberto as refutações dos adversários que tentavam ridicularizar Parmênides. Ele descobriu a refutação da refutação e fundou o método da dialética e com ele refutou o movimento e a multiplicidade. Dentre seus argumentos, se destacam os chamados: da dicotomia, da flecha e de Aquiles.
(__) O termo usado por esse filósofo é o à-peiron, que significa que está privado de limites. Ou seja, é aquilo que é espacialmente e quantitativamente infinito.
(__) Tudo se move, tudo escorre (panta rhei). A origem reside num constante "devir". É o autor da famosa frase: “não se pode descer duas vezes no mesmo rio... nós próprios somos e não somos”.
(__) A origem está na essência: o ser é e não pode não ser; o não-ser não é não pode ser de modo nenhum. Alguns dizem que com este pensamento nasce o princípio da não-contradição.
(__) Deduziu sua convicção da constatação de que a nutrição de todas as coisas é úmida e de que, portanto a secura total é a morte.
(__) Elabora uma crítica à concepção dos deuses que Homero e Hesíodo haviam fixado e objeta que se os animais tivessem mãos e pudessem fazer imagens de deuses, os fariam de forma animal.
(__) Acredita que a origem deve ser infinita, sim, mas deve ser pensada como ar infinito. Pois ao se condensar, resfria-se e se torna água e, depois, terra; e ao se distender e dilatar, torna-se fogo.
(__) Foi o primeiro a chamar de cosmo o conjunto de todas as coisas, por causa da ordem que nele existe. Também foi o primeiro filósofo a sustentar a doutrina da metempsicose.
(__) Ele sistematizou a doutrina eleática, ao mesmo tempo em que a corrigiu em alguns pontos. Afirmou que o ser deve ser “infinito” e não finito como dizia Parmênides, porque não tem limites temporais, nem espaciais.

A sequência CORRETA é:

a) 8, 2, 4, 7, 1, 6, 3, 5, 9.
b) 4, 2, 8, 7, 1, 6, 3, 9, 5.
c) 8, 2, 4, 1, 7, 6, 5, 3, 9.
d) 8, 9, 4, 7, 1, 6, 3, 5, 2.
e) 2, 8, 1, 7, 4, 5, 3, 6, 9.

02) Com o nascimento da Filosofia, os gregos foram aos poucos rompendo com o mito e a religião. Da mesma maneira que o pensamento científico pretende romper com:

a) Senso comum
b) Leitura crítica
c) Fundamentos intelectuais
d) Pesquisas

03) Sócrates dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância. Segundo ele, a verdade, escondida em cada um de nós, só é visível aos olhos da razão. Em uma importante referência ao filósofo, o escritor do romance “O auto da compadecida”, Ariano Suassuana, que teve também uma versão nos cinemas, dirigida por Guel Arraes, pôs no personagem Chicó, uma célebre frase que lembra e resume todo o método socrático. Marque X na resposta que mostre tal frase desse pensador grego.

a) Penso, logo, existo.
b) Ser ou não ser, eis a questão.
c) Só sei que nada sei.
d) Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total, buscar seu último limite e dar o melhor de si (Frase de Ayrton Senna).

04) Desde a antiguidade, faz-se presente no senso comum a ideia de que a filosofia é inútil. Há um ditado popular que diz "A filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Mas os filósofos desenvolveram ao longo do tempo muitos pensamentos sobre a utilidade da filosofia. Por exemplo: para Platão, a filosofia é "um saber verdadeiro que deve ser usado em benefício dos seres humanos para que vivam numa sociedade feliz"; para Kant, a filosofia tem "como finalidade a felicidade humana"; e para Merleau-Ponty, ela serve para "ver e mudar nosso mundo". Seja qual for o modo como se determine a utilidade ou inutilidade da filosofia, diante dessa questão, a primeira atitude propriamente filosófica é:

a) Definir a felicidade proporcionada pela filosofia.
b) Perguntar pelo que significa, nesse contexto, "utilidade".
c) Usar a filosofia para transformar e não para pensar o mundo.
d) Recolher a opinião dos grandes filósofos sobre o tema.
e) Pressupor que a filosofia é um fim em si mesmo.

05) (Unicamp – 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.
O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois:

a) Aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) É um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) A dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) É uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.
e) Todas as alternativas acima estão corretas.

20 março 2016

01 - Mito e Filosofia (Questões com gabarito)


Quando pensamos na transição entre o mito e a filosofia salientamos que mesmo a filosofia nascente trazendo uma proposta mais racional em relação à toda explicação mítica, ela ainda apresentava "vínculos" com a antiga forma de conceber o universo, principalmente se tomamos como exemplo os jônios e todo o pensamento que busca na natureza e seus elementos aquilo que seria o princípio universal de todas as coisas. Enquanto o mito não se importava com as contradições e contos fabulosos, a filosofia organiza seu percurso através da lógica e do uso da razão.
Mas não nos enganemos com essa simples colocação, pois há uma ruptura perceptível entre ambas. Enquanto o mito é envolto de crenças inquestionáveis, a filosofia nasce do próprio rechaço às explicações inquestionáveis e promove uma problematização de tudo. Ela rejeita o sobrenatural e a interferência dos deuses na explicação dos fenômenos naturais. Ela busca ao contrário do mito definir os conceitos e se organizar como um pensamento abstrato que pretende uma explicação da totalidade de toda a realidade de uma forma racional.

Para refletir:

01 - (UEL- 2003) “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)

O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.
a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
c) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição.

02 - (UEL – 2004) “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” (VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)

Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.

03 -(UEL – 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.

I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.


Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

04 - (UEM – Verão 2008) Os filósofos pré-socráticos tentaram explicar a diversidade e a transitoriedade das coisas do universo, reduzindo tudo a um ou mais princípios elementares, os quais seriam a verdadeira natureza ou ser de todas as coisas. Assinale o que for FALSO.

a) Tales de Mileto, o primeiro filósofo segundo Aristóteles, teria afirmado “tudo é água”, indicando, assim, um princípio material elementar, fundamento de toda a realidade.
b) Heráclito de Éfeso interessou-se pelo dinamismo do universo. Afirmou que nada permanece o mesmo, tudo muda; que a mudança é a passagem de um contrário ao outro e que a luta e a harmonia dos contrários são o que gera e mantém todas as coisas.
c) Parmênides de Eléia afirmou que o ser não muda. Deduziu a imobilidade e a unidade do ser do princípio de que “o ser é” e “o não-ser não é”, elaborando uma primeira formulação dos princípios lógicos da identidade e da não-contradição.
d) As teorias dos filósofos pré-socráticos foram pouco significativas para o desenvolvimento da filosofia e da ciência, uma vez que os pré-socráticos sofreram influência do pensamento mítico, e de suas obras apenas restaram fragmentos e comentários de autores posteriores.
e) Para Demócrito de Abdera, todo o cosmo se constitui de átomos, isto é, partículas indivisíveis e invisíveis que, movendo-se e agregando-se no vácuo, formam todas as coisas; geração e corrupção consistiriam, respectivamente, na agregação e na desagregação dos átomos.

05 - (UEM – Verão 2008) O homem tem necessidade de conhecer e de explorar o meio em que vive. O senso comum, o bom senso, a arte, a religião, a filosofia e a ciência são formas de saber que auxiliam o homem a entender o mundo e a orientar suas ações.

Assinale o que for FALSO.

a) O senso comum é o conhecimento adquirido por exigências da vida cotidiana; fornece condições para o agir, todavia é um conjunto de concepções fragmentadas, recebidas sem crítica e, muitas vezes, incoerentes, tornando-se, assim, fonte de preconceitos.
b) O bom senso, ao contrário do senso comum, apresenta-se como uma elaboração refletida e coerente do saber; em vez da aceitação cega de determinações alheias, pelo bom senso o sujeito livre e crítico questiona os valores estabelecidos, e decide pelo que se revela mais sensato ou plausível.
c) A ciência caracteriza-se como um sistema de conhecimentos, expressos em proposições gerais e objetivas sobre a realidade empírica; é um conhecimento construído por um processo de raciocínio rigoroso e metodicamente conduzido, baseado na experiência, permitindo explicar, prever e atuar sobre os fenômenos.
d) Religião e filosofia são duas formas antagônicas de interpretação da realidade; a filosofia, unicamente com o raciocínio lógico-formal, busca entender apenas o mundo natural e o humano; a religião ocupa-se apenas da razão.
e) O conhecimento filosófico caracteriza-se como um saber elucidativo, crítico e especulativo; como elucidativo, visa a esclarecer e a delimitar conceitos e problemas; como crítico, nada aceita sem exame prévio e reflexão; como especulativo, assume a atitude teórica e globalizadora, que envolve os problemas em uma visão total.

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