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13 abril 2016

Algumas ideias acerca da mulher na mitologia, em Ilíada, Pandora, Eva e Maria


Na primeira parte do semestre estudamos em sala um pouco sobre a mitologia grega. A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos e aconteceu entre 1300 e 1200 a.C. Lemos em sala a obra de Homero, Ilíada. Percebemos que Helena de Tróia, foi a causa dessa grande batalha.  Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organizasse um poderoso exército. Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia. A guerra termina quando o guerreiro grego Odisseu presenteou os troianos com um grande cavalo de madeira como um presente de paz e desistência da guerra, mas o que os troianos não contavam é que dentro desse cavalo estavam centenas de soldados gregos que depois de adentrarem os portões da cidade executaram seu plano levando tróia à destruição e resgatando Helena.

Depois que perpassamos por essa obra e história, estudamos a teogonia de Hesíodo, seu mito de Pandora. Uma caixa que continha todos os males do mundo. Pandora foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar dos céus o segredo do fogo. Assim Zeus envia Pandora a Epimeteu, irmão de Prometeu que foi condenado a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutr e alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar presentes de Zeus. O irmão não levou a sério e aceitou Pandora como sua esposa. Algumas versões dizem que Pandora trouxe uma caixa e que Epimeteu a abriu, outras versões é a própria Pandora que sozinha e triste em casa pois Epimeteu estava viajando, resolveu abrir a caixa para saciar sua curiosidade. No entanto quando aberta a caixa todos os males do mundo foram libertados (a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira...), restando por fim a esperança.

A mulher perpassa por esses mitos com sua participação "causadora de males". podemos fazer uma analogia de Pandora com Eva relatada em Gêneses. Ambas foram avisadas, uma por Prometeu para ter cuidado e Zeus pediu para não abrir a caixa. Enquanto Eva por "Deus", que pediu para não comer do fruto, mas ambas não suportaram a tentação e realizam a proibição. isso trouxe à humanidade todos os males e sofrimentos. Pelo erro de uma mulher, segundo ela, tentada pela serpente, o mundo passa a ter os males embutidos na própria natureza humana.

Após esses mitos resta-nos pensar que a própria bíblia relata a história de uma outra mulher que no lugar de trazer os males ao mundo é portadora de uma notícia de boa nova. A personagem Maria, assim como Pandora também ganha um presente de Deus, mas sua "caixa", ventre ao ser aberto ao mundo libera não os males, mas a grande esperança para muitos povos. Se em Pandora a esperança ficou por último, em Maria a Esperança revela sua primordial missão contra todos os males de uma forma efetiva na pessoa de Cristo. Se por uma mulher o pecado adentrou ao mundo por essa outra a remissão de todos esses males se faz presente para aqueles que creem em sua palavra.

Muitas outras discussões podem ser feitas a partir dessa temática. Foram calorosas conversas e trabalhos apresentados e ao final foi pedido que cada aluno criasse seu próprio mito. Alguns serão postados aqui nos comentários. Se você não é um aluno que participou dessas discussões e consegue imaginar um mito diferente, você é convidado a postar nos comentários o seu mito também.

30 março 2016

Questões sobre Filosofia da ciência (Gabarito)


01) (UFSJ 2013)  O Círculo de Viena foi um importante marco para a filosofia e, exemplarmente, propôs que:

a) Antes de ser classificado de percepção extrema ou subjetividade, todo e qualquer dado deve ser sistematicamente analisado.   
b) Em qualquer evento, existe algo de subjetivo e isso é disfarçado pelas extraordinárias extensões no mundo metafísico.   
c) Para ser aceita como verdadeira, uma teoria científica deveria passar pelo crivo da verificação empírica.   

d) No limite do que o sujeito pode perceber e do que é exatamente o objeto há um abismo de possibilidades e é nisso que consiste a importância da metafísica.

02) (Uel 2011)  Leia o texto a seguir.

[...] não exigirei que um sistema científico seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas em sentido negativo [...]. (POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. Trad. L. Hegenberg e O. S. da Mota. São Paulo: Cultrix, 1972. p. 42.)

Assinale a alternativa que corresponde ao critério de avaliação das teorias científicas empregado por Popper.

a) Falseabilidade   
b) Organicidade   
c) Confiabilidade   
d) Dialeticidade   
e) Diferenciabilidade

03) (Uel 2008)  Considerando a solução apresentada por Karl Popper ao problema da indução nos métodos de investigação científica, é correto afirmar que, para ele, o método científico:

a) é indutivo e racional.   
b) é dedutivo e irracional.   
c) é indutivo e irracional.   
d) não segue os padrões de racionalidade impostos pela lógica.   
e) é dedutivo e racional.  

04) Karl Popper, em "A lógica da investigação científica", se opõe aos métodos indutivos das ciências empíricas. Em relação a esse tema, diz Popper: "Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos". Fonte: POPPER, K. R. A lógica da investigação científica. Tradução de Pablo Rubén Mariconda. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa correta: 

a) Para Popper, qualquer conclusão obtida por inferência indutiva é verdadeira. 

b) De acordo com Popper, o princípio da indução não tem base lógica porque a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão.

c) Uma inferência indutiva é aquela que, a partir de enunciados universais, infere enunciados singulares. 
d) A observação de mil cisnes brancos justifica, segundo Popper, a conclusão de que todos os cisnes são brancos. 
e) Para Popper, a solução para o problema do princípio da indução seria passar a considerá-lo não como verdadeiro, mas apenas como provável. 


05) "A filosofia grega parece começar com uma idéia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: "Tudo é um". A razão citada em primeiro lugar deixa Tales ainda em comunidade com os religiosos e supersticiosos, a segunda o tira dessa sociedade e no-lo mostra como investigador da natureza, mas, em virtude da terceira, Tales se torna o primeiro filósofo grego". 
Fonte: NIETZSCHE, F. Crítica Moderna. In: Os Pré-Socráticos. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 43. 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Tales e o surgimento da filosofia, considere as afirmativas a seguir. 

I. Com a proposição sobre a água, Tales reduz a multiplicidade das coisas e fenômenos a um único princípio do qual todas as coisas e fenômenos derivam. 
II. A proposição de Tales sobre a água compreende a proposição "Tudo é um". 
III. A segunda razão pela qual a proposição sobre a água merece ser levada a sério mostra o aspecto filosófico do pensamento de Tales. 
IV. O Pensamento de Tales gira em torno do problema fundamental da origem da virtude. 

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 

a) I e II 
b) II e III 
c) I e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV 

06) Tendo por base o método cartesiano da dúvida, é correto afirmar que: 

a) Este método visa a remover os preconceitos e opiniões preconcebidas e encontrar uma verdade indubitável. 
b) Ao engendrar a dúvida hiperbólica, o objetivo de Descartes era provar que suas antigas opiniões, submetidas ao escrutínio da dúvida, eram verdadeiras. 
c) A dúvida hiperbólica é engendrada por Descartes para mostrar que não podemos rejeitar como falso o que é apenas dubitável. 
d) Só podemos dar assentimento às opiniões respaldadas pela tradição. 
e) A dúvida metódica surge, no espírito humano, involuntariamente. 

07) Em construção...


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