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14 setembro 2015

Questões sobre René Descartes com Gabarito


01) O ato de duvidar de tudo aquilo que não se pode ter certeza absoluta é muito frequente na filosofia e é conhecido como ceticismo. Uma pessoa cética é, portanto, uma pessoa que duvida de tudo aquilo que não se pode ter certeza. O ceticismo absoluto é uma corrente filosófica radical em relação ao conhecimento. Qual é a posição dessa corrente?

a) O ceticismo absoluto defende que a verdade é sempre possível de se alcançar.
b) A corrente filosófica do ceticismo absoluto defende a existência de várias verdades.
c) O ceticismo absoluto defende que não é possível conhecer a verdade.
d) O ceticismo absoluto é uma corrente que defende o conhecimento e através dele a verdade.
e) Nenhuma das respostas anteriores.

02) É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é:

a) A possibilidade do mundo externo.
b) A possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) A clareza e distinção.
d) A certeza dos juízos matemáticos.
e) A ideia de que corpo e alma são entidades distintas.

03) Leia o seguinte texto de Descartes:
[...] considerei em geral o que é necessário a uma proposição para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposição que eu sabia sê-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada há no "penso, logo existo" que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente são todas verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Elza Moreira Marcelina. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; São Paulo: Ática, 1989. p. 57). Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, é correto afirmar:

a) Para Descartes, a proposição "penso, logo existo" não pode ser considerada como uma proposição indubitavelmente verdadeira.
b) Embora seja verdadeira, a proposição "penso, logo existo" é uma tautologia inútil no contexto da filosofia cartesiana.
c) Tomando como base a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que o que é necessário para que uma proposição qualquer seja verdadeira é que ela enuncie algo que possa ser concebido clara e distintamente.
d) Descartes é um filósofo cético, uma vez que afirma que não é possível se ter certeza sobre a verdade de qualquer proposição.
e) Tomando como exemplo a proposição "penso, logo existo", Descartes conclui que uma proposição qualquer só pode ser considerada como verdadeira se ela tiver sido provada com base na experiência.

04) (UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a ideia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)

Com base no texto, é correto afirmar:

a)   O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.
b) A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.

05) (Fepese – SC– 2012) René Descartes tornou-se famoso pela frase “Cogito, ergo sum” (penso logo existo), pilar fundamental da filosofia:

a) Racionalista. 
b) Fenomenológica. 
c) Teocêntrica. 
d) Empirista. 
e) Liberal.

06) O processo de questionamento sobre tudo o que René Descartes pensava até então ser verdadeiro pode ser chamado de:

a) Plano cartesiano. 
b) Teoria das ideias. 
c) Dúvida metódica
d) Exercício hiperbólico
e) Nenhuma das alternativas acima

07) É a postulação de que o ato de sonhar providencia evidência preliminar de que os sentidos através dos quais confiamos para distinguir realidade de ilusão não devem ser plenamente confiáveis, e como tal, qualquer estado que dependa dos sentidos devem ser, no mínimo, cuidadosamente examinados e testados com rigor para determinar se algo é de fato real. A este argumento de Descartes, damos o nome de argumento do:

a) Erro dos sentidos. 
b) Gênio maligno. 
c) Deus enganador. 
d) Sonho. 
e) Duvidar

08) Descartes desenvolve o argumento que supõe a existência de uma divindade que tudo pode e por quem foi tudo foi criado. Esse deus poderia nos enganar, fazendo-nos acreditar em uma realidade diferente da verdade. A este argumento damos o nome de:

a) Argumento do erro dos sentidos
b) Argumento do gênio maligno
c) Argumento do deus enganador
d) Argumento da racionalidade
e) Argumento da dúvida empírica

09) Ideias provenientes da nossa imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas na memória cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos:

a) Adventícias. 
b) Fictícias. 
c) Inatas. 
d) Falsas. 
e) Duvidosas.

10) As ideias que nos chegam através dos sentidos e da experiência, Descartes denomina:


a) Fictícias. 
b) Inatas.
c) Adventícias
d) Verdadeiras.
 e) Falsas.

28 agosto 2015

Questões sobre David Hume - Gabarito


01) (UFU) Leia atentamente o texto abaixo sobre a teoria do hábito em David Hume. E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos – calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez –, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro. (HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.) Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.

a) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, conseqüentemente, o procedimento da inferência. 
b) A hipótese do hábito é conseqüente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação. 
c) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito. 
d) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.

02) (UEM) “O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aquele princípio único que faz com que nossa experiência nos seja útil e nos leve a esperar, no futuro, uma seqüência de acontecimentos semelhante às que se verificaram no passado. Sem a ação do hábito, ignoraríamos completamente toda questão de fato além do que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos. Jamais saberíamos como adequar os meios aos fins ou como utilizar os nossos poderes naturais na produção de um efeito qualquer. Seria o fim imediato de toda a ação, assim como da maior parte da especulação.” (HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, pp. 145-146. Os Pensadores). 

Com base nesse texto e no seu conhecimento sobre a Filosofia de Hume, assinale o que for correto. 

01) Segundo Hume, entre um fenômeno e outro não há conexão causal necessária que possa ser verificada na experiência; é o hábito que explica a noção da relação causa e efeito: por termos visto, várias vezes juntos, dois objetos ou fatos – por exemplo, calor e chama, peso e solidez –, somos levados, pelo costume, a prever um quando o outro se apresenta. 
02) Como representante do racionalismo, Hume afirmou que o princípio de causalidade, lei inexorável que regula todos os acontecimentos da natureza, é inferido da experiência por um processo de raciocínio. 
04) Para Hume, o hábito é um falso guia; se não nos fiarmos na razão, fonte do conhecimento verdadeiro, e nos deixarmos conduzir pelo costume, erraremos inevitavelmente em nossas ações e investigações. 
08) É o hábito que nos permite ultrapassar os dados empíricos, os quais possuímos seja na forma de impressão seja na forma de idéias, e afirmar mais do que aquilo o qual pode ser alcançado na experiência imediata. 
16) A ideia de causa é apenas uma ideia geral constituída pela associação de idéias e baseada na crença formada pelo hábito.  

03) (UEL) Leia o texto a seguir: Certamente, temos aqui ao menos uma proposição bem inteligível, senão uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjunção constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hipótese é a única que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma conclusão que não somos capazes de tirar de um só caso, que não discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razão não é capaz de semelhante variação. As conclusões tiradas por ela, ao considerar um círculo, são as mesmas que formaria examinando todos os círculos do universo. Mas ninguém, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do costume e não do raciocínio. (HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1999. pp. 61-62.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, é correto afirmar: 

a) A razão, para Hume, é incapaz de demonstrar proposições matemáticas, como, por exemplo, uma proposição da geometria acerca de um círculo. 
b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemático ou experimental, é obtido mediante o uso da razão, e pode ser justificado com base nas operações do raciocínio. 
c) É necessário examinar um grande número de círculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a área de um círculo qualquer é igual a ð multiplicado pelo quadrado do raio desse círculo. 
d) Hume pode ser classificado como um filósofo cético, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razão. 
e) Segundo Hume, somente o costume, e não a razão, pode ser apontado como sendo o responsável pelas conclusões acerca da relação de causa e efeito, às quais as pessoas chegam com base na experiência.  
   
04) (UEL) Leia o texto a seguir. Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas inferências, esperamos —se o passado tem sido inteiramente regular e uniforme—o mesmo evento com a máxima segurança e não toleramos qualquer suposição contrária. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em aparência são exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao espírito ao transferir o passado para o futuro, e devemos considerá-los quando determinamos a probabilidade do evento. (HUME, D. Investigações acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 73.) 

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, é correto afirmar: 

a) Hume procura demonstrar o cálculo matemático de probabilidades. 
b) Hume procura mostrar o mecanismo psicológico pelo qual a crença se fixa na imaginação. 
c) Para Hume, há uma conexão necessária entre causa e efeito. 
d) Para Hume, as inferências causais são a priori. 
e) Hume procura mostrar que crença e ficção produzem o mesmo efeito na imaginação humana.  

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